Em 1983, fui convidado a
participar como intérprete na Conferência Internacional para Evangelistas
Itinerantes (ICIE) em Amesterdão, Holanda, promovida pela Associação Billy
Graham. Muitos portugueses participaram, entre eles Moisés Gomes, Luís Reis e o
que viria a ser o meu compadre, o pai do Abel, o Irmão Resina de Almeida.
Também assistiram o Normando Fontoura e o Fernando Ascenso. Em relação ao
Fernando Ascenso, há uma história engraçada. No regresso, como ele vinha de
avião pediu-nos se não nos importávamos de trazer uma embalagem de manteiga de
amendoim que ele muito apreciava e que conseguia a um preço razoável. E lá lhe
trouxemos um bidão de cerca de 20 kg de manteiga de amendoim.
Como me pagavam as viagens e estada, perguntei se poderia levar a esposa. Responderam que sim, mas que as despesas com a viagem dela seriam por minha conta. Na altura, tínhamos uma carrinha Peugeot 204 comprada em segunda mão ao pai do Ernesto e, assim, em vez de irmos de avião, partimos de carro. Era a segunda vez que íamos juntos à Holanda. A primeira fora em 1975, numa excursão promovida pelo Irmão Baião e a que me referirei numa outra entrada.
Fizemos uma escala em Espanha, no País Basco, creio que em San Sebastian e no dia seguinte rumámos a Paris, onde chegámos ao anoitecer, tendo ficado em casa do meu amigo e ex-colega de escola, Júlio Amorim de Carvalho que na manhã seguinte partiria para Portugal. Dormimos pouco, mas sempre foi melhor do que nada. Pelo caminho ainda tivemos um pequeno percalço com a bateria. Em Paris o carro não quis pegar e um francês resolveu-nos o problema, encostando o carro dele à traseira do nosso, empurrando-o. Felizmente, tudo correu bem tanto no resto da viagem como no regresso.
Ficámos hospedados num bom hotel, com tudo pago pela organização, incluindo as refeições, que eram tomadas no local do pavilhão. Como os informara de que a Clara era médica, a estada dela acabou por ser paga com o serviço que ela prestou no posto clínico da Conferência. Esse foi um ano de extremo calor na Holanda. Os Holandeses não estavam preparados para tanta canícula e houve algum problema com o ar condicionado.
Fizemos muitas amizades, de diversas nacionalidades. Recordo que a Clara teve de tratar uns mexicanos e foi muito engraçado ouvi-los falar, porque o seu espanhol era cantado, tal como vemos em certos filmes.
A Conferência foi um sucesso, com evangelistas e não só, vindos de diversos pontos do globo. Os seminários eram muito variados e versavam diversos temas, com oradores famosos, como o próprio Billy Graham e o bispo Kivengere do Uganda. Um ponto marcante foi o culto de ceia, reunindo aqueles milhares de pessoas de diversas denominações e correntes cristãs. Interrogávamo-nos (eu e a Clara) como serviriam o vinho e a solução foi simples: distribuíram-no numas pequenas embalagens seladas do género das doses individuais de manteiga ou queijo servidas nas entradas das refeições.
Trouxemos muito material, entre ele dois reprodutores de cassetes que, além de poderem ser ligados à electricidade, tinham um dínamo para cujo funcionamento tinha uma manivela incorporada. Destinava-se às regiões mais recônditas onde não houvesse possibilidade de recurso à electricidade. Mais tarde, ofereci um deles em Luanda ao Zé Eduardo.
O meu trabalho de intérprete decorreu sem incidentes. Nos tempos livres, passeámos não só pela cidade, como por diversas regiões da Holanda. Numa dessas vezes, fomos até ao Zuidersee, com um casal de brasileiros. Foi um período memorável.
Para consulta do que foi a Conferência, ver: http://www2.wheaton.edu/bgc/archives/GUIDES/253.htm
Como me pagavam as viagens e estada, perguntei se poderia levar a esposa. Responderam que sim, mas que as despesas com a viagem dela seriam por minha conta. Na altura, tínhamos uma carrinha Peugeot 204 comprada em segunda mão ao pai do Ernesto e, assim, em vez de irmos de avião, partimos de carro. Era a segunda vez que íamos juntos à Holanda. A primeira fora em 1975, numa excursão promovida pelo Irmão Baião e a que me referirei numa outra entrada.
Fizemos uma escala em Espanha, no País Basco, creio que em San Sebastian e no dia seguinte rumámos a Paris, onde chegámos ao anoitecer, tendo ficado em casa do meu amigo e ex-colega de escola, Júlio Amorim de Carvalho que na manhã seguinte partiria para Portugal. Dormimos pouco, mas sempre foi melhor do que nada. Pelo caminho ainda tivemos um pequeno percalço com a bateria. Em Paris o carro não quis pegar e um francês resolveu-nos o problema, encostando o carro dele à traseira do nosso, empurrando-o. Felizmente, tudo correu bem tanto no resto da viagem como no regresso.
Ficámos hospedados num bom hotel, com tudo pago pela organização, incluindo as refeições, que eram tomadas no local do pavilhão. Como os informara de que a Clara era médica, a estada dela acabou por ser paga com o serviço que ela prestou no posto clínico da Conferência. Esse foi um ano de extremo calor na Holanda. Os Holandeses não estavam preparados para tanta canícula e houve algum problema com o ar condicionado.
Fizemos muitas amizades, de diversas nacionalidades. Recordo que a Clara teve de tratar uns mexicanos e foi muito engraçado ouvi-los falar, porque o seu espanhol era cantado, tal como vemos em certos filmes.
A Conferência foi um sucesso, com evangelistas e não só, vindos de diversos pontos do globo. Os seminários eram muito variados e versavam diversos temas, com oradores famosos, como o próprio Billy Graham e o bispo Kivengere do Uganda. Um ponto marcante foi o culto de ceia, reunindo aqueles milhares de pessoas de diversas denominações e correntes cristãs. Interrogávamo-nos (eu e a Clara) como serviriam o vinho e a solução foi simples: distribuíram-no numas pequenas embalagens seladas do género das doses individuais de manteiga ou queijo servidas nas entradas das refeições.
Trouxemos muito material, entre ele dois reprodutores de cassetes que, além de poderem ser ligados à electricidade, tinham um dínamo para cujo funcionamento tinha uma manivela incorporada. Destinava-se às regiões mais recônditas onde não houvesse possibilidade de recurso à electricidade. Mais tarde, ofereci um deles em Luanda ao Zé Eduardo.
O meu trabalho de intérprete decorreu sem incidentes. Nos tempos livres, passeámos não só pela cidade, como por diversas regiões da Holanda. Numa dessas vezes, fomos até ao Zuidersee, com um casal de brasileiros. Foi um período memorável.
Para consulta do que foi a Conferência, ver: http://www2.wheaton.edu/bgc/archives/GUIDES/253.htm
Numa das ruas de Amesterdão
Numa das ruas de Amesterdão
Arredores de Amesterdão
Amesterdão
Arredores de Amesterdão
No dique Afsluitdijk, no Zuidersee. Ao fundo à esquerda, a Clara e o casal brasileiro
No dique Afsluitdijk, no Zuidersee. Ao fundo à esquerda, a Clara e o casal brasileiro
No dique Afsluitdijk, no Zuidersee. A Clara e o casal brasileiro a entrar para o nosso Peugeot.
O dique Afsluitdijk
Na sala da conferência
Na sala da conferência
Na sala da conferência
No posto médico. Ao lado da Clara uma enfermeira holandesa
No posto médico. À esquerda uma enfermeira holandesa e à direita uma francesa
Com a enfermeira holandesa
A tratar um doente
Com o pessoal do posto médico.
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